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Formato aberto

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Um formato aberto é uma especificação publicada para armazenar dados digitais, mantida geralmente por uma organização de padrões não-proprietária, e livre de limitações legais no uso, garantindo o acesso aos dados em longo prazo. Um formato aberto deve ser implementável tanto em software proprietário como em software livre, usando as licenças típicas de cada um. Em contraste, o formato proprietário é controlado e defendido por interesses particulares da empresa detentora de seus direitos, e caso algum software proprietário deixe de dar suporte àquele formato, desaparecendo do mercado, ele não poderá ser lido, logo, o usuário perdendo informações contidas no mesmo, são exemplos: DWG (AutoCad Drawing), SWF (Shockwave Flash), DOC (formato proprietário de texto), PPT (formato proprietário de apresentação de slides). Os formatos abertos são um subconjunto do padrão aberto.

O objetivo principal dos formatos abertos é garantir o acesso a longo prazo aos dados sem incertezas atuais ou futuras no que diz respeito às direitas legais ou à especificação técnica. Um objetivo secundário dos formatos abertos é permitir a competição, em vez de permitir que o controle de um distribuidor sobre um formato proprietário iniba o uso de um produto de competição. Os governos mostraram cada vez mais interesse em edições em formato aberto. Ainda, um formato será aberto quando estiver baseado em padrões abertos, e ainda, for desenvolvido de forma transparente e coletiva, suas especificações devem estar totalmente documentadas e acessíveis a todos, quando mantido para ser usado independente de qualquer produto ou empresa, bem como não haver qualquer extensão proprietária que impeça o seu uso livre. Para saber se o documento em questão está adepto ao formato abordado, basta verificar a sua extensão.

Princípios dos formatos abertos

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  1. Disponibilidade - Padrões Abertos estão disponíveis para que todos possam ler e implementar.
  2. Maximização da escolha dos usuários finais - Padrões Abertos criam um mercado justo e competitivo para implementações do padrão.
  3. Nenhum Royalty - Padrões Abertos são gratuitos para ser implementados, sem nenhum royalty ou taxa.
  4. Não Discriminação - Padrões abertos e as organizações que os administram não favorecem um implementador em detrimento de outro.

Formatos abertos e Código aberto

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O relacionamento entre formatos abertos e livre/software de código aberto é mal entendido frequentemente. Muitos formatos abertos de software dos produtos de uso proprietário, e livre/software de código aberto podem frequentemente usar formatos proprietários. Por exemplo, HTML, a língua aberta familiar do WWW, formato World Wide Web (em português, Rede Mundial de Computadores), cria a base para navegadores proprietários tais como Internet Explorer da Microsoft assim como navegadores livres de Código aberto como Mozilla Firefox. Entrementes, OpenOffice.org, o suíte desktop para escritório de código livre/aberto, pode manipular o formato proprietário do DOC da Microsoft, bem como formatos abertos como o OpenDocument. Finalmente, algumas companhias publicaram as especificações de seus formatos, fazendo possível executar para leitores ou para escritores de plataformas e distribuidores diferentes, como Adobe PDF, e pela Microsoft RTF. Entretanto, alguns formatos proprietários são cobertos por algum tipo de patente com limitações que podem proibir livre/execuções do software de código aberto (pelo menos sob determinadas características da licenças, tais como licença para público geral (GNU). De acordo com alguns críticos, tais formatos inibem a competição.

  • Baseado em padrões abertos;
  • Desenvolvido de forma transparente e de modo coletivo;
  • Suas especificações estão totalmente documentadas e acessíveis a todos;
  • Mantido para ser usado independente de qualquer produto ou empresa;
  • Livre de qualquer extensão proprietária que impeça seu uso livre.

Exemplos de formatos abertos

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Apesar de atualmente o PDF ser um padrão aberto mantido pela mantido pela International Organization for Standardization (ISO), a sua utilização em recursos educacionais não permitirá que seu conteúdo seja adaptado ou facilmente remixado, pois o formato PDF não permite edição, tornando, assim, difícil a cópia de trechos. Por fim, vale destacar que este formato dificulta sua utilização direta para se criar uma obra derivada.[1]

Portanto, abaixo contêm uma lista dos formatos abertos disponíveis para serem utilizados em diversos tipos de Recursos Educacionais, processadores de texto e software livre:

  • OASIS OpenDocument Format for Office Applications (para suites e documentos para escritório)
  • LaTeX (uma linguagem de documentação)
  • Json (uma linguagem de documentação)
  • EPUB (formato de arquivo digital)
  • DVI (uma linguagem para descrição de página)
  • TXT (um formato de texto que não contém formatação)
  • ODT (um formato de texto)
  • ODS (formato de planilha)
  • ODP (formato de apresentação)
  • HTML/XHTML (linguagem)
  • OpenEXR (um formato de imagem de alta faixa dinâmica)
  • PNG (um formato de imagem)
  • SVG (um formato de imagem)
  • VRML/X3D (formato de dados 3D em realtime)
  • FLAC (formato de áudio)
  • MP3 (formato de áudio)
  • Ogg - Container para Vorbis, FLAC, Speex (formato de áudio) & Theora (formato de vídeo)
  • MKV (formato de vídeo)
  • XML (linguagem)
  • 7z (formato de compressão de dados)
  • Webm ( Formato de video opensource super-compacto de alta qualidade oficialmente em desenvolvimento pela Google )

Recursos Educacionais Abertos

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Esses Recursos Educacionais Abertos (REA) não podem existir plenamente sem formatos abertos que assegurem a possibilidade de recombinar remixar os conteúdos mantendo livre o fluxo de criação. Portanto, tais formatos para garantirem sua recombinação plena devem ser editáveis.

Exemplos de formatos proprietários:

  • DWG - AutoCad Drawing
  • SWF - Shockwave Flash
  • DOC - formato proprietário de texto
  • PPT - formato proprietário de apresentação de slides

A garantia do livre fluxo do conhecimento, bem como os esforços para assegurar o compartilhamento dos recursos educacionais, para avançar a construção do comum e para expandir a diversidade cultural impulsionam os formatos abertos.[2]

Referências

  1. Roth, Martin E. (30 de julho de 2014). «Book review: Software Takes Command, written by Manovich, Lev». Asiascape: Digital Asia (3): 226–228. ISSN 2214-2304. doi:10.1163/22142312-12340014. Consultado em 28 de julho de 2021 
  2. «Guia sobre Recursos Educacionais Abertos». campusvirtual.fiocruz.br. Consultado em 28 de julho de 2021 

Ligações externas

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